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Google apresenta o centro de segurança familiar para ajudar os pais a educarem os filhos para uma utilização segura da Internet

Google colaborou com seis associações portuguesas que actuam nesta área: APSIS – Associação Plataforma Segura, EU Kids Online Portugal, Instituto de Apoio à Criança, Miúdos Seguros na Net, Polícia Judiciária e Unicef Portugal

67% dos jovens portugueses entre os 10 e os 15 anos utilizam a Internet todos os dias ou quase todos os dias

Portugal é um dos países da Europa onde mais crianças e jovens declaram aceder à Internet no quarto. O controlo parental sobre o que os jovens fazem on-line é mais reduzido[1]

Lisboa, 7 de Fevereiro – A Google apresentou hoje em Portugal – Dia da Internet Segura – o seu Centro de Segurança Familiarhttp://www.google.pt/familysafety/, um Website cujo objectivo central é disponibilizar informação e ajudar os pais portugueses sobre como podem proteger e educar os jovens na utilização da Internet.

 

Neste projecto, a Google trabalhou com seis associações portuguesas – APSIS – Associação Plataforma Segura, EU Kids Online Portugal, Instituto de Apoio à Criança, Miúdos Seguros na Net e a Unicef Portugal – para trazerem a sua experiência e reforçarem a consciencialização da importância de uma Internet segura.

A partir do Centro de Segurança Familiar da Google, a empresa e as organizações envolvidas disponibilizam recursos e conselhos sobre os mais diversos temas como cyberbullyng, protecção dos menores, educação on-line para pais e jovens, entre outros temas.

 

Os jovens portugueses e a Internet 

Ao longo dos últimos anos, a Internet e as tecnologias de informação têm vindo a afirmar-se nos lares portugueses. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2010 revelam que mais de metade dos agregados familiares portugueses dispunha de um computador (59,3%) e o acesso à Internet era possível em 53,7% (+5% do que em 2009) dos casos, dos quais 50% através de banda larga[2].

Por outro lado, a utilização da Internet pelos jovens portugueses entre os 10 e os 15 tem igualmente crescido rapidamente e é hoje elevada. 91% utilizam a Internet e 84% dos acessos são realizados a partir de casa (o dobro do registado em 2005). A frequência dos acessos é maioritariamente diária com 67% a referirem utilizar a Internet todos os dias ou quase todos os dias, quase o triplo do que era verificado em 2005[3].

Se o acesso à Internet entre os jovens portugueses está massificado, em casa ele feito maioritariamente no quarto (67%) face a outros locais da casa (26%) e este é simultaneamente o local onde os pais portugueses menos acedem à Internet (30%) o que potencialmente acentua alguns riscos e um menor controlo parental. O Estudo Europeu Eu Kids Online realizado em 2010 coloca as crianças e jovens portugueses entre os 9 e os 16, entre os europeus que mais acedem à Internet a partir do seu quarto.[4]

 

Utilização da Internet pelos Jovens     

As crianças e os jovens utilizam actualmente de forma alargada a Internet para uma série de actividades do dia a dia, quer para trabalhos escolares, contacto com amigos ou entretenimento.

Entre as principais actividades dos jovens portugueses entre os 10 e os 15 anos que utilizam a Internet salientam-se: a pesquisa de informação para trabalhos escolares (97%), mensagens em chats, blogues, redes sociais (86%), correio electrónico (86%), jogos (79%), consulta de websites de interesse pessoal (63%), colocação de conteúdo pessoal num website para partilha (55%), pesquisa de informação sobre saúde (47%).[5]

Com a generalização da utilização da Internet e do acesso às novas tecnologias cada vez mais cedo entre as crianças e os jovens leva igualmente a uma multiplicação dos riscos a que a são expostos: conteúdos violentos, cyberbullyng, conteúdos pornográficos, racismo, abuso de dados, contacto com estranhos na Internet, entre outros riscos. Atendendo ao nível de utilização de Internet pelas crianças e jovens portugueses, Portugal está associado a uma incidência de risco intermédia figurando ao lado de países como a Irlanda, Espanha e a da Turquia.[6]

 

Exposição a pornografia e a outras mensagens

Particularmente revelador é o facto de 39% referirem que esta exposição decorre de pop ups acidentais o que sugere menores competências e algumas dificuldades em controlar este tipo de situações.[7]

A cultura do quarto verificada em Portugal pelas elevadas taxas de utilização de Internet nesta divisão da casa possa acentuar alguns riscos com 74% dos jovens que responderam ter visto imagens de cariz sexual e 95% dos jovens que já enviaram este tipo de mensagens a terem a possibilidade de utilizar o computador no seu quarto.

 

Literacia Digital e papel dos país

O estudo europeu EU Kids Online que inclui entrevistas a crianças e jovens portugueses procurou aferir ainda a literacia digital e as competências de segurança como saber marcar um site nos favoritos, encontrar informação de segurança, mudar definições de segurança, apagar histórico pessoal, entre outras.

No inquérito europeu a média de auto-reconhecimento das 8 competências ficou-se em 4,2 com as mais respondidos a serem: saber marcar um site nos favoritos e encontrar informação em segurança. Entre as crianças e jovens portugueses dos 11 aos 16 que responderam regista-se que as competências declaradas estão acima da média havendo diferenças em função das faixas etárias.

Entre os mais novos (11 aos 13), metade ou mais declara dominar competências como o registo nos Favoritos, bloquear mensagens indesejadas, apagar registos e mudar definições de privacidade. Porém, só quatro em cada dez revela encontrar informação sobre como usar a Internet de forma segura, bloquear publicidade indesejada ou lixo electrónico ou comparar sites diferentes para verificar se a informação é verdadeira e apenas 3 em cada 10 sabe alterar os filtros da Internet.

Na faixa etária acima, os adolescentes revelam maioritariamente competências em todos os parâmetros, obtendo os valores mais baixos na comparação de sites diferentes para verificar se a informação é verdadeira e alteração dos filtros da Internet.

Quanto à capacidade dos pais poderem informar e ajudar os filhos numa utilização segura da Internet e das novas tecnologias, predomina a consideração entre os jovens entre os 9 e os 16 anos que referem saber mais sobre a Internet do que os seus pais, mesmo entre os mais novos. Apesar de ser possível filtrar ou bloquear o acesso das crianças a websites através de ferramentas de controlo parental, apenas 29% dos pais portugueses (média europeia situa-se nos 33%) referem utilizar este tipo de ferramentas.[8]

A escola e os professores são apontados como uma das principais fontes de informação a que as crianças e os jovens portugueses afirmam recorrer habitualmente.

 

Centro de Segurança Familiar da Google

Esta realidade torna necessária a colaboração de empresas como a Google e de outras entidades que zelam pela protecção dos menores em iniciativas como o Centro de segurança Familiar. No Google é disponibiliza informação de forma centralizada sobre as ferramentas de segurança para os seus diferentes produtos e serviços, conselhos de associações especializadas na protecção de menores que colaboram neste projecto de segurança na Internet para país e menores e ainda conselhos dos pais e mães que trabalham na Google para os outros pais sobre como proteger os seus filhos na Internet. O Centro de Segurança Familiar inclui ainda uma secção com respostas às perguntas mais frequentes sobre a segurança e a privacidade nos seus diferentes produtos e serviços.


[1] Acessos e Literatura Digitais: Resultados portugueses do Inquérito Europeu EU Kids Online pp 27 – Cristina Ponte no Congresso Nacional “Literacia, Media e Cidadania”, 26 de Março de 2011

[2] Inquérito UMIC e INE –  “Inquérito à utilização de TIC pelas famílias – 1º trimestre de 2010

[3] Inquérito UMIC e INE –  “Inquérito à utilização de TIC pelas famílias – 1º trimestre de 2010

[4] Acessos e Literatura Digitais: Resultados portugueses do Inquérito Europeu EU Kids Online pp 27 – Cristina Ponte no Congresso Nacional “Literacia, Media e Cidadania”, 26 de Março de 2011

[5] Acessos e Literatura Digitais: Resultados portugueses do Inquérito Europeu EU Kids Online pp 31 – Cristina Ponte no Congresso Nacional “Literacia, Media e Cidadania”, 26 de Março de 2011

[6] Acessos e Literatura Digitais: Resultados portugueses do Inquérito Europeu EU Kids Online pp 43 – Cristina Ponte no Congresso Nacional “Literacia, Media e Cidadania”, 26 de Março de 2011

[7] Idem Sexualized Technology – Portuguese youngster and New Media – Findings from EU Kids Online – Setembro de 2011 pp 5

[8] Acessos e Literatura Digitais: Resultados portugueses do Inquérito Europeu EU Kids Online pp 34 – Cristina Ponte no Congresso Nacional “Literacia, Media e Cidadania”, 26 de Março de 2011