Cetelem

Despesas com telemóvel: excessivas e pesam muito no orçamento dos portugueses

Observador Cetelem analisa tendências de consumo da classe média 

Quase metade dos consumidores portugueses considera a fatura das despesas com telemóvel muito elevada. A classe alta é a mais insatisfeita, 49% considera os gastos com as telecomunicações móveis demasiado altos, seguindo-se a classe mais baixa (47%) e, em último a classe média (44%). Esta análise é apresentada no Barómetro Europeu 2012 do Observador Cetelem.

Apesar de considerarem a fatura demasiado elevada, os consumidores portugueses são dos que menos gastam em telemóveis por mês na Europa Ocidental. Um indivíduo da classe média portuguesa gasta cerca de 31,70 euros por mês. Apenas os alemães têm um gasto médio mensal inferior: 31,50 euros/mês. Valores muito abaixo da média dos europeus ocidentais: 40,97 euros/mês. Neste campo, os franceses pertencentes à classe média surgem como os que têm a despesa mais elevada: 48,8 euros/mês. 

«Atualmente, a conectividade é mais do que uma simples ferramenta ou um gadget. As despesas elevadas de telefone significam, na maioria dos casos, a presença de um ou de vários smartphones no mesmo lar, mais do que telemóveis clássicos. Aliás, o ato de possuir um smartphone é um sinal muito visível de pertença a uma classe social, encontrando-se ao mesmo nível das roupas de marca numa época recente», afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.

Facturatmv

Ficha Técnica

Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridas amostras representativas das populações nacionais (18 anos e superior) de doze países: Alemanha, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia – mais de 6.500 Europeus inquiridos a partir de amostras com pelo menos 500 indivíduos por país. Os inquéritos foram realizados em parceria com o gabinete de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido no terreno em Novembro/Dezembro de 2011, pela TNS Sofres.

A coerência entre a definição das classes médias dos diferentes países manteve-se através de uma aproximação à realidade, permitindo comparações internacionais. Para tal, utilizou-se uma classificação económica habitual, em função de décimos de rendimentos: para o Observador Cetelem, a classe média corresponde às famílias pertencentes aos quintos dos rendimentos Q2, Q3 e Q4, constituindo 60% da população, situando-se entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos.